Ir para o conteúdo

:: MENU - SITEMAP

facebook-iconeinstagram-iconetwitter - silva nuno

Artes Plásticas Φ ARTES PLÁSTICAS_(ALL): 
#SÉRIES 
 PINTURA | ESCULTURA | DESENHO | COLAGEMINSTALAÇÃO | READY-MADE | URBAN- ART | GRAVAÇÃO | FOTOGRAFIA | PERSONALIZADAS


Design PROJETOS_(ALL):
DESIGN_AUTOR | ILUSTRAÇÃO | MULTIMÉDIA | DESIGN_PROJECTS


blogue Ξ BLOGUE_(ALL):
ATELIER | DRAWPHOTO | PHOTOBOX | PARÓDIAS | LIKENECOS_BD | MOMENTOS


Autor Silva Nuno AUTOR (ALL):
NOTÍCIAS | PRESS | BIOGRAFIA_CV | CONTACTOS


store icone silva nuno ψ STORE:


projects - Silva Nuno

Alunos oferecem “Bomba” no aniversário do professor

blogue Ξ BLOGUE:  categoria:  Ξ PHOTOBOX 

............
 NOTA: Ξ Artigo do BLOGUE: poderá conter imagens do meu trabalho como meio de entretenimento. Seja sensato nestas Paródias de Criatividade e a Arte da Estupidez. 


Alunos oferecem “Bomba” no aniversário do professor

Alunos oferecem “Bomba” no aniversário do professor – é uma história baseada em factos verídicos.
Todo o cuidado é pouco. Principalmente quando um grupo de alunos já maduros (entre os 20 e os 60 anos – aprendizados na área das artes plásticas), mais espertos do que artistas, inteligência em “bando”, sábios experientes da vida, decidem presentear o professor com um embrulho sem identificação nem remetente (deveras suspeito) no seu dia de aniversário. Como todos os professores, já escaldados pelo recorrente “bulling” dos alunos e, pelo desrespeito e castração do governo, nestes casos, o professor deve sempre aplicar o ditado: “Quando a esmola é grande, o professor desconfia”. Ora, a regra n.1 do professor é:“nunca confiar nos alunos como os alunos confiam em ti” 😉. Especialmente no seu dia de aniversário, que é um excelente pretexto para um bom boicote, uma ameaça à sua carreira docente e artística ou, mais longe, uma ameaça à sua vida. E já agora, como a história se passou comigo, falarei na primeira pessoa.

Começo por pedir desculpa pelo título sensacionalista “Alunos oferecem “Bomba” no aniversário do professor”. Mas existem bons motivos para esta aplicação. Sou um professor atento às novas tendências de comunicação, baseado nos melhores exemplos jornalísticos que diariamente nos bombardeiam com títulos de captar as atenções, independente da relevância do assunto em si. Isto é, segui o exemplo de que, o importante é dar nas vistas independente da importância do conteúdo. (Nada a que já esteja habituado no mundo da arte 🙄). O mesmo título serve para as redes sociais, porque o importante é captar “likes” como sinónimo de sucesso banalizando o contributo de valor. “Muita Parra e pouca uva” é já um ditado desatualizado. Têm de compreender que é uma receita infalível de marketing. E, as minhas desculpas pelo “plágio” intencional do título, o que revela a minha falta de criatividade e originalidade. Sou precavido ao ponto de não querer ser julgado por não usar as tendências sensacionalistas da “mass media“. Até porque educar dá muito trabalho e existe uma enorme concorrência desleal perante a tamanha deseducação. Qualidade de vida é que um professor, neste momento, mais deseja. Mas, garanto que o título vem de encontro ao contexto. Adiante…

O pacote suspeito dos alunos foi oferecido na véspera do meu aniversário. Fizeram-me prometer que só abriria no dia seguinte, e eu, como vítima encurralada, senti-me forçado a obedecer à ordem imposta, sem sequer ousar negociar. Esta ordem foi-me coagida com o dedo indicador bem firme apontado ao meu nariz. Um professor de artes contra um “bando” de alunos artistas é de facto, no mínimo, intimidante: “Professor, só pode abrir amanhã, ok?” – repetiam eles várias vezes. Ora, quando começam com o desrespeito de me chamar “professor”, é já de si um desprezo à minha digna carreira como mestre das artes. Se em vez de professor, me chamassem “Tótó” ou “ouve lá” era muito menos ofensivo nos dias de hoje, em que ser professor é, já de si, um desrespeito total para consigo e para com os outros. Por isso, não se admirem se me virem nas greves de professores com o letreiro: “Ouçam lá Tótós, exigimos respeitinho! Qu’é isso, hum?!”. Quando pergunto o que contém o pacote, os alunos artistas “das artimanhas” responderam-me com prontidão: “UMA BOMBA artística!” – soltando em uníssono todos os risos maléficos que conseguiram. Ora, eu aí não mostrei medo (só para atazanar 🤨)! Com a calma devida, refleti e senti-me aliviado por serem, no mínimo, sinceros. E como professor positivo que sou (porque não sou professor de negativas) pensei: “Eh pá, eles foram sinceros e isso merece crédito!” E, porque a sinceridade é cada vez mais rara nos dias de hoje, fiquei comovido com a honestidade deles. Com os olhos enxutos de emoção respondi: “Muito obrigado…” Um abraço até era apetecível nesse momento, mas aguentei firme, tal como uma vítima decentemente intimidada e coagida se deve comportar. Ora obstante, transportei calmamente aquela obra de arte denominada por “Bomba” para a bagageira do meu carro. Dirigi o meu veículo rumo a casa/atelier sem atrair suspeitas alarmantes durante o caminho. A noite foi um enorme pesadelo. Repito, PESADELO! Sonhos turbulentos com BOMBAS sem bikini, daquelas BOMBAS de calor térmicas que nos faz suores quentes e, a tamanha claustrofobia no meio de tanta gritaria carnal, etc. Uma DIS-PU-TA-RIA para sair daquele PE-SA-DE-LO. Mas, lá está o meu lado positivo de artista e professor: “caso sonhasse com os preços das “bombas” de gasolina seria muito pior! Passaria a noite a fazer contas de cabeça…”. Por isso, apesar de tudo, penso que dormi bem.

No dia seguinte, já mais calmo e longe das ameaças artísticas dos alunos, delineei um plano estratégico digno de um mestre das artes e de um verdadeiro artista. Sim, porque um professor sabe sempre mais que o aluno! 🤪 (mesmo aqueles professores que acabam o curso com a média de 9 valores em 20). Apliquei todos os meus conhecimentos de SCI e de investigador artístico forense, de forma a desvendar este enredo, suspense e ameaça direta à minha criatividade. Segue abaixo os desenvolvimentos da investigação.

Posicionamento da “Bomba” em local seguro:

IMAGE ZOOM

Antes de tudo, colocar a bomba em local seguro, longe de qualquer larápio que queira furtar a bomba. Sim, porque se a bomba tiver um catalisador já é o suficiente para alguém instruído em mecânica não aguentar à tentação de furto. A cautela é a primeira regra de um professor e a última na tabela de um artista plástico sem regras. Logo, imaginem a dificuldade que é, tomar uma decisão coerente neste conflito de princípios.

Rastreio de radioativos e contaminantes:

IMAGE ZOOM

Foi realizada uma análise precisa de que a “Bomba” não apresentasse nenhum perigo de radiação e contaminação, nomeadamente:
1º) Perigo de “Graxa”. Dar “graxa” ao professor é uma das artes mais contaminantes utilizadas pelos alunos, segundo a E.E.C.P.- Estatística dos Engraxadores Compulsivos e Profissionais.
2º) Perigo de Jacobice. Hipocrisia, fingimento e imposturice é também a arte radioativa mais usada pelos alunos em geral.
3º) Outros perigos secundários: armas nucleares e de fogo, resíduos sanitários, covid-19, armas brancas, azuis, verdes, etc.
Conclusão do relatório:Perigo 1º e 2º – Não apresenta sinais de contaminação mentirosa, nem radiações impostoras. Perigo 3º – inconclusivo, níveis de alerta devem manter-se”.“Ufa! O pior já passou”.

Perfuração do kit “BOMBA”:

IMAGE ZOOM

É aqui que o “Inspetor de minas e armadilhas” tem de suster as suas emoções, sentimentos e, literalmente, as lágrimas. Conter as lágrimas porque, uma “Bomba” é sempre um objeto de arte bem executado e, é uma desfeita emocional para qualquer inspetor e admirador de arte, desmontar algo que alguém teve imenso trabalho a criar. É no mínimo, contraproducente e anti-cultural. Em segundo lugar havia outras opções em vez de destruir a “Bomba”. Por exemplo, a reutilização é já uma responsabilidade civil e, logo, poderiam colocar a arte “BOMBA” num museu para que fosse apreciada por todos; Colocar à venda como artigo em 2ª mão (há sempre pessoas interessadas em bombas, divorciados, grevistas, pessoas com sogras e, claro, outros alunos); Embrulhar novamente com papel de embrulho e oferecer alguém no próximo natal (a outro professor de artes por exemplo)!… Enfim, um desperdício de opções que dá vontade de chorar a qualquer inspetor! Por isso, se por acaso, o inspetor de minas e armadilhas lacrimejar durante este processo: “Ah e tal… é o excesso de fumo!” – são desculpas esfrangalhadas ou sinais de um mau inspetor que tirou o curso à distância durante a pandemia e treinou com as desatualizadas bombinhas de carnaval e com os fulminantes das pistolas de brincar dos anos 90.

Remover a Pelicula de protecção

IMAGE ZOOM

Como a maioria dos artistas e alguns professores, os inspetores também são armanços de natureza, gabarolas de nascença mas sempre cautelosos com os seus afazeres e, sobretudo cautelosos com o seu futuro, como é exemplificado no monólogo acima: “Segurança acima de tudo!”. E, já agora, uma curiosidade interessante, o “inspetor de minas e armadilhas” é apenas um nome proveniente de outras designações pouco populares, nomeadamente: “inspetor de desarmadilhar as meninas” (anos 70), “inspetor de arma nas bilhas” (anos 80) e mais recente, (a partir de 2000): “inspetor de minis e arma brigas”.

O recreio e a reflexão

IMAGE ZOOM

A pausa ou o recreio de um professor/inspetor são os momentos em que se aproveita para fazer uma reflexão dos perigos da profissão e a injustiça que a envolve. Digo injustiça porque o inspetor de minas e armadilhas queixa-se de ter uma profissão solitária, sem colegas ao pé dele para conversar ou até, brincar às corridas de desarmar bombas caseiras… Um inspetor tem imensas dificuldades em justificar à esposa, as horas que ficou sozinho a trabalhar com “Bombas” mas sem testemunhas presentes que o confirmem. Acrescenta:“- Ah, mas ela também não gosta que leve trabalho para casa!!! Diz que se uma bomba rebenta, a casa fica cheia de fumo e toda desarrumada e, eu percebo, claro!… E os bombistas já não têm ambição na carreira em explodir coisas. O material também está caro, percebe?! Agora, anda aí a moda dos “pirómanos, piromeiros, piróqueiros” ou lá o que é pá, usam fósforos que são mais baratos e vieram estragar o mercado todo, pá!… Não tenho horas extras, veja lá?!… nem gorjetas! …nada! É complicado!”

Análise estética

IMAGE ZOOM

Pelas fotos já se verifica que foi uma arte muito mal amanhada. Os alunos têm imensas dificuldades em todos os sentidos artísticos. Desde a criar “bombas” esteticamente harmoniosas, problemas na colorimetria, de conceito contextual, na composição do objeto, na aplicação da técnica e nenhum sentido estético de composição. Nem uma ficha técnica a acompanhar como: título, dimensões, técnicas, etc. Gravíssimo erro na obra – a “BOMBA” – sem ASSINATURA e DATA. É inadmissível. É vistoso a excessiva matéria que a envolve mas com muita poluição visual – kitsch. Mais, parece uma “bomba” para decorar com as cortinas da sala do que propriamente, uma “Arte Bombástica” digna de se expor num museu. Nota “B” de “Bergonhoso”!

Suspeitas de Bomba Química

IMAGE ZOOM

Foram retirados 3 objetos artísticos mal cheirosos da “Caixa Bomba”. Os objetos artísticos, de forma triangular, apresentavam fortes suspeitas de uma enorme “bomba química”. Um cheiro nauseabundo de aroma a queijo e fortes odores a chulé pairavam no ar. O lado positivo nesta situação é que o mais perigoso não foi encontrado, que seriam alguns fosseis de meias mal lavadas dos alunos, uma consequência fatal em caso de detonação. Os objetos artísticos foram cuidadosamente retirados para a análise de contaminação e toxidade / envenenamento.

A “Bomba” encriptada

IMAGE ZOOM

Foi encontrado também o núcleo da bomba ainda intacta em um recipiente de vidro espesso que guarda uma matéria líquida de cor “tinto”. Aparentemente uma matéria altamente explosiva. Esta obra de arte, pesava cerca de 1kg. No rótulo lia-se “MARITÁVORA-DOURO”. Trata-se de uma mensagem artística encriptada. Os especialistas já têm algumas hipóteses da descodificação: “MARIVORADOURO” (MATADOURO = slaughterhouse) é a hipótese mais provável. Não se entende ainda em que contexto a mensagem encriptada dos alunos se insere nesta situação dramática mas, tudo indica que é somente para fazer “coceguinhas mentais” à intelectualidade criativa do professor/inspetor.

Investigação forense

IMAGE ZOOM

Eis acima, a apresentação dos suspeitos objetos artísticos no departamento forense. Constituído por uma suspeita obra de arte em forma de garrafa cheia de líquido “tinto” e 3 objetos artísticos mal cheirosos. Foram feitas as recolhas de impressões digitais e outros vestígios artísticos que confirmem o eventual envolvimento dos alunos artistas. A peritagem é negativa para vestígios humanos mas, é 90% positiva para vestígios desumanos. Os restantes 10% são vestígios extraterrestres, concluindo que, um dos alunos não é um artista deste planeta.

Toxidade e envenenamento

IMAGE ZOOM

Os 3 objetos artísticos mal cheirosos afinal eram queijos oriundos de várias nacionalidades. O crime agora tem foro internacional. Segundo o especialista gustativo, os queijos pertencem à área dos laticínios salgados. Um deles, mais artístico, estava com bolor azul e apresentava sinais de grande toxidade. Mesmo assim, o especialista gustativo confirma a 100% que os queijos não estavam envenenados, conforme afirma: “Concluo que não estavam envenenados porque, apesar de tudo, eu ainda estou vivo que nem um calhau!”

Avaliação do líquido “tinto”

IMAGE ZOOM

Foi necessário um mecanismo especial artístico denominado de “saca-rolhas” ou “atleta” para retirar a rolha de cortiça. Após um susto de um barulho de vácuo na retirada da rolha (um momento muito tenso), os 0,75cl de líquido cor “tinto” cheirava a uva da região do Porto conforme descreve o especialista:“Ui! FØ&@-$€ !! cheira a norte, carago! !!!”. A potência explosiva do líquido era de 14,5% de álcool, um perigo nuclear capaz de aniquilar 5 perus numa hora ou até 5 humanos bebedores de chá em metade do tempo !

Alívio autêntico

IMAGE ZOOM

Após uma análise intensiva verificou-se que o engenho não apresentava riscos de explosão, contaminação, falsificação ou desanimação. Como o professor/inspetor afirma: “foi difícil, muito difícil ! Estive aqui muito tempo. Cheguei a ter dúvidas se teria papel higiénico suficiente para tantas horas de trabalho!”. Ainda assim, o líquido foi enviado para análises químicas e gustativas.

Avaliação gustativa

IMAGE ZOOM

O líquido com sabor a uva, foi inconclusivo na primeira prova. Na segunda prova, a análise gustativa também teve resultados inconclusivos. Na terceira prova descobriu-se que o vinho foi elaborado com uvas das castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca. Na quarta prova, descobriu-se que as castas era provenientes de vinhas com idades compreendidas entre 15 e 50 anos. Na quinta prova descobriu-se que o vinho fermentou em lagares de pedra com pisa a pé. Na sexta prova descobriu-se que o vinho estagiou 18 meses em barricas de carvalho francês: “bon apetit, mon ami!” 😊 ! “Na sétima proba descobriu-se que o binho é uma grandi obra d’arte, instimulante, veciante e traumátiquo até “kaput” no cerébro do artista após o sétime cope. Nah ointaba proba, descobruixe o qe se já tinha discoiberto e é qé mesme berdade! Perontes, daz coizas e tal né?!… Instão a coomprrienderem-me?! hum?!..”

Limpeza e descontaminação

IMAGE ZOOM

Conclusão

Tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto e mal cheirosa dos alunos. Afinal, ser inspetor solitário compensa porque não tive de partilhar estes dispositivos perigosos com outros colegas de profissão. 🤓 Acabei por salvar vidas porque é evidente que são menos uns queijos e menos uma garrafa de vinho que poderiam fazer mal a alguém, ou até mesmo matá-los (nunca se sabe!). Crê-se que, afinal, os alunos tinham boas intenções para com o professor e, o inspetor demonstra toda a sua gratidão por receber a melhor “Bomba” que lhe poderiam oferecer: “Caros alunos, um muito obrigado e, espero fazer mais aniversários por ano! 😎 Tipo: 1 x por mês! Sejam ousados, rebeldes, corajosos, criativos, inconformados e, sobretudo, divirtam-se sempre, dentro das responsabilidades, do bom senso e da sensatez! Bem hajam e até breve!”

- - - - - - - - - -
Agradeço a Partilha

- - - - - - - - - -

SIGA as Redes Socias
Entre o trabalho sério e a paródia 😉
instagram-icone    facebook-icone   twitter - silva nuno

Este post tem 5 comentários

  1. hihihi ! bomba com catalisador! hihihihi Cheira a norte, carago! rsrsrsrs TOP!!!!

  2. Parabéns professor. Saudades das suas aulas. Nunca mais tive aulas como as suas. Beijinhos

Responder a Janete Soares Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

De volta ao topo